Por Mauricio “Mike” Filho – editor@cronicasdorock.com.br
Sábado, 21 de setembro, dois dias antes da chegada oficial da primavera, estive no Parque da Uva em Jundiaí para fazer a cobertura da Oktober do Polo Cervejeiro a convite da Banda UTI que fez um show lotadaço, juntamente com As Aranhas Amplificadas.
Quem não foi, perdeu. Como já fiz algumas coberturas para esta banda resolvi, de comum acordo com a Valéria Nani, responsável pela assessoria de imprensa da banda, inovar um pouco, desta vez, abordando os bastidores de um show de rock. O que os gringos chamam de Backstage.
Descobri que os cabos nunca acabam e que são teimosinhos. Se mexer de um lado para outro fazem barulho de colméia. Cada equipamento tem seu local correto para que os músicos possam transitar pelo palco sem tropeçar e garantir a sonoridade adequada ao show.
O leitor pode reparar que a bateria, via de regra, está na parte de trás de um show. Vocais, contrabaixo e guitarras geralmente ocupam a frente do palco. Outros instrumentos como teclado e percussão, quando utilizados, ocupam o meio ou as laterais do palco, variando de acordo com o tamanho do local onde será realizado o evento. Tudo é pensado e calculado no rider de palco, que traz as especificações técnicas para sempre garantir o som e a iluminação adequados. Isso tudo é informado no momento da contratação da banda de forma a oferecer ao público uma experiência única e inesquecível.
O P.A. é algo fundamental também.
Mas que raios é esse tal de P.A.?
O P. A. é o conjunto de equipamentos de áudio que irão garantir a amplificação do som dos intrumentos e vozes e a distribuição correta por todo o ambiente. A mesa de som faz a captação dos microfones e instrumentos e joga no P.A. e retonos para que os músicos possam se ouvir enquanto tocam e cantam.
Atualmente muito já se usa sem cabo. O Rick estava, por exemplo, com um sistema wireless em sua guitarra, permitindo circular pelo palco mais livremente, já que é a voz principal da UTI.
Feita a montagem é chegad a hora de testar tudo.
Os microfones têm que estar no volume correto e ainda há a regulagem de graves, médios e agudos que irão variar de acordo com o timbre vocal de cada artista.
As guitarras, baixo e bateria precisam produzir um som harmônico para que nenhum encubra o outro e ou abafem os vocais. Tudo é matemática, mas confesso que não sei se é aqui que a gente usa a fórmula de Bhaskara.
A vinda do Drezza para a UTI foi algo agregador. Além de vasta experiência como empresário é um artista que toca com muita paixão o teclado. Tanto notório, destaca-se a cada show.
Esses dois aí são multi-instrumentistas e deram um upgrade na banda. Diogo Nunes e Nino Brown, bateria e contrabaixo da UTI, em momento descontraído antes do show.
Espero que tenham gostado de participar comigo desta aventura pedagógico-musical, onde tive a oportunidade de conhecer melhor como funciona um show de rock, desde a sua idealização.
Foi fantástico.
Como já dizia um amigo poeta, só quem carregou as caixas de livros é que realmente conhece o peso da sabedoria.
A seguir, alguns cliques que dei com minha digital com este enfoque de desvendar os bastidores.
Irei escrever outra matéria com a cobertura tradicional do show.
BANDA U.T.I. (Última Transição Inconsciente)
Contato para shows: (11) 94160-4282